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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Coadjuvante no Santos, Assunção reencontra Verdão, onde era estrela


Coadjuvante no Santos, Assunção reencontra Verdão, onde era estrela

No sábado, volante enfrentará pela primeira vez a equipe que defendeu por dois anos e meio. Tendência, porém, é que fique no banco de reservas.


Marcos Assunção treino Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC) 
 
Marcos Assunção, em treino no CT do Santos
(Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)
Depois de dois anos e meio no Palmeiras, Marcos Assunção , agora no Santos, reencontrará seu ex-time, sábado, às 16h15, na Vila Belmiro, pelas semifinais do Paulistão.
O jogador foi o “cara” do Verdão, mas ainda não se acertou no Peixe. Com o número 20 nas costas, foi o capitão, cobrador de faltas e principal personagem de uma equipe que conquistou a Copa do Brasil em 2012, mas acabou sendo rebaixada no Brasileirão. Sem acordo financeiro para permanecer, regressou ao Santos, clube onde despontou para o futebol, no fim dos anos 90. Agora, se prepara para reencontrar o Palmeiras.
Assunção, porém, deve ficar na reserva da dupla Arouca e Renê Júnior. Além de ainda não ter emplacado com Muricy Ramalho, ele se recupera de uma amigdalite que o tirou dos últimos jogos, e, por isso, não está 100% fisicamente.
Muricy já disse contar com o retorno do atleta, que participou normalmente do treino coletivo da última quarta-feira com o time sub-20, no CT Rei Pelé. O último jogo dele foi no dia 3 de março, quando foi titular no empate sem gols no clássico contra o Corinthians, no Morumbi.
A primeira chance de reencontrar o Verdão ocorreu no dia 24 de março, em outro clássico sem gols, no Pacaembu. Mas Assunção foi desfalque, com um edema na coxa direita. O início da pré-temporada tardio, os problemas de lesões trazidos do Palmeiras, além das novas contusões no Santos e a idade avançada (36 anos) fizeram com que o volante atuasse em apenas quatro dos 22 jogos do Peixe no ano.
No Verdão, ano passado, ele já vinha sendo figurinha cada vez mais difícil de aparecer em campo, principalmente no Campeonato Brasileiro, por conta de uma lesão no joelho. Ainda assim, topou atuar no sacrifício em várias partidas - chegou até a brigar com o chileno Valdivia, por não ver no colega o mesmo tipo de comprometimento.
Os números de Assunção no Verdão não deixam dúvida sobre sua importância. Em 145 partidas, marcou 31 gols e se tornou o segundo volante com mais gols na história, atrás apenas de Zequinha, que marcou 40. Assunção fez dez gols em 2010, 11 em 2011 e outros dez em 2012, sendo 23 de falta, um olímpico, um de pênalti e seis de bola rolando. Durante o período em que defendeu o Verdão, participou de 70 gols da equipe.
No Verdão, Assunção virou o terror dos adversários nas cobranças de falta. Além de facilidade para bater da entrada da área, era praticamente mortal nos lances de bola aérea. Foi do seu pé direito, por exemplo, que saiu o cruzamento para o gol de Betinho, que garantiu o empate por 1 a 1 e o título da Copa do Brasil de 2012.
Naquela época, Palmeiras e Assunção já discutiam uma renovação de contrato. Procurado pelo ex-presidente Arnaldo Tirone, o volante pediu para que as conversas só voltassem a ocorrer quando estivesse recuperado da lesão no joelho. O time caiu, a situação mudou e a permanência começou a se complicar.

Marcos Assunção Palmeiras (Foto: Cleber Akamine / Globoesporte.com) 
 
Marcos Assunção, com a camisa do Palmeiras
(Foto: Cleber Akamine / Globoesporte.com)
Do valor oferecido no começo do segundo semestre, o Verdão abaixou a proposta em 40%. Após várias reuniões sem sucesso, no dia 6 de janeiro Assunção reuniu a imprensa para avisar que estava de saída do Palmeiras. Magoado, chorou bastante e afirmou que havia faltado respeito por parte dos dirigentes que, em conversas informais, alegavam que o atleta estava pedindo um salário fora da realidade.
– Estou muito chateado porque estou sendo chamado de mercenário. Jamais cobrei os valores que estão sendo expostos. O Palmeiras tem dívida comigo desde junho. Eu não gostaria de sair do Palmeiras. Só tenho a falar isso, mercenário jamais fui, são quase três anos e jamais pedi aumento no Palmeiras. A vida segue – disse, na ocasião.
Exatamente 15 dias separaram o choro de adeus ao Palmeiras do sorriso na apresentação ao Santos. Mas se no Verdão o atleta era indispensável ao time titular com a bola parada letal, no Peixe ele ainda não brilhou. Entrar durante o clássico e, enfim, aparecer com destaque é o sonho de Assunção. Ele já avsou que encerrará a carreira no fim do ano. E quer fazer isso em grande estilo.
Globo Esporte

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